Trocas entre os dois países tinham caído em setembro, mas em outubro o comércio entre o Brasil e Portugal voltou a animar, com as duas economias a movimentarem quase US$ 130 milhões.
Soja é o segundo produto que o Brasil mais exporta para Portugal.
Brasília - As trocas comerciais entre o Brasil e Portugal recuperaram em outubro, depois da queda que o fluxo comercial luso-brasileiro teve em setembro, de acordo com os mais recentes números publicados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em outubro a corrente de comércio entre os dois países ascendeu a US$ 129,9 milhões, mais 43% do que os US$ 90,5 milhões registados em setembro, que tinha sido o segundo pior mês do ano nas trocas entre Portugal e o Brasil.
Em termos acumulados, de janeiro a outubro o comércio entre as duas economias movimentou US$ 1,4 bilhões, um valor ainda distante dos US$ 1,8 bilhões dos primeiros dez meses de 2014.
O ano 2015 tem revelado um perfil pouco definido no comércio entre os dois países, com a balança bilateral a gerar superávits para o Brasil em cinco meses e saldos favoráveis a Portugal noutros cinco meses.
Desde o início do ano, dos US$ 1,4 bilhões do fluxo comercial luso-brasileiro resultou um excedente favorável ao Brasil de US$ 22 milhões, mostram os dados do MDIC.
Quanto ao mês de outubro em concreto, o Brasil exportou para Portugal US$ 65,8 milhões, tendo importado do mercado luso US$ 64,2 milhões. Foi o mês mais equilibrado deste ano, no que respeita ao diferencial entre os fluxos comerciais nos dois sentidos do Atlântico.
No acumulado de janeiro a outubro o Brasil faturou quase US$ 720 milhões nas suas vendas para Portugal, enquanto Portugal exportou para o Brasil cerca de US$ 698 milhões.
As vendas brasileiras para o mercado português foram dominadas por dois produtos: petróleo (24%) e soja (23%). Laminados de ferro, ácidos resínicos e café foram outros produtos em destaque na lista das exportações do Brasil.
No sentido contrário, o Brasil tem importado este ano principalmente azeite (21% do total de produtos portugueses), mas há também contributos relevantes do gás natural liquefeito (com um peso de 15%), peças para aviões e helicópteros (10%), bacalhau (8%) e pêras (quase 4%).
Jorge Horta
Fonte: Portugal Digital
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