O Congresso Internacional "Índia e o Mercado Lusófono" vai ser "uma oportunidade para criar uma plataforma comum entre a Índia e esses países", considera o presidente da Sociedade Lusófona de Goa, Aurobindo Xavier.
"Já existe uma relação bilateral entre a Índia e cada um dos países de língua oficial portuguesa, mas o que não existe, e é esse o foco do nosso congresso, é uma plataforma comum entre a Índia e os países lusófonos, como existe a confederação empresarial dos países lusófonos, no âmbito da CPLP, ou seja, não há uma cooperação entre a Índia e os lusófonos como um todo", vincou Xavier.
O objetivo do congresso, que arranca em janeiro, em Goa, é "criar uma plataforma, ser um aglutinador para que os diversos participantes empresariais tenham contactos diretos" e assim fomentar as relações comerciais.
"Vamos reunir empresas e instituições de Angola, Moçambique, Portugal, Brasil e da Índia para estabelecer um contacto direto e conhecerem-se para fomentar a realização de futuros negócios", acrescentou o responsável.
A Índia tem seguido uma "intensiva busca de negócios em cada um dos países lusófonos, particularmente os maiores (Brasil, Angola e Moçambique) porque descobriu que esse eixo no hemisfério sul traz vantagens em termos de cooperação bilateral e exploração dos recursos naturais desses países", afirmou Aurobindo Xavier.
O objetivo, reforçou, é olhar os países lusófonos como um todo, porque investimentos dispersos da Índia em vários países lusófonos já existem, o que não há é uma visão de conjunto.
De acordo com os dados da AICEP, Portugal exportou 94,3 milhões de euros para a Índia no ano passado, tendo importado bens no valor de 336,3 milhões, o que resulta numa balança comercial negativa em 241 milhões de euros.
Fonte: OJE/Lusa
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