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Home / Noticias / Roteiro para Portugal: “Soft power” com os olhos postos no outro lado do Atlântico. 26.Abr.2013
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
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Roteiro para Portugal: “Soft power” com os olhos postos no outro lado do Atlântico.


Diversificação dos mercados de exportações e a aposta diplomática em “soft power” deverão constituir as apostas de Portugal no médio e longo prazo, consideram os especialistas ouvidos esta manhã na Fundação Champalimaud, na conferência "Portugal na Balança da Europa e do Mundo, organizada pela Presidência da República.

Numa altura em que Portugal procura ainda levantar-se de uma grave crise económica e financeira, os historiadores e académicos têm dificuldade em desenhar o que poderá ser o papel português numa economia globalizada.

“Portugal vive hoje um período de resolução do problema económico e financeiro, que tem precedência sobre tudo o resto”, afirmou o orador Nuno Mota Pinto, director executivo adjunto do Bando Mundial. Tentando abordar o mesmo tema, Kenneth Maxwell, professor de História de Harvard, acabou a referir “José Mourinho, André Vilas-Boas e Cristiano Ronaldo”.

Num mundo cada vez mais globalizado, em que a Europa está ainda a viver as consequências do colapso da União Soviética, a determinação do caminho a seguir está repleto de pontos de interrogações.

“O problema de Portugal não é apenas de Portugal. De um problema gravíssimo da História europeia. Temos um problema europeu, que foi criado parcialmente pela Europa e que pertence também aos europeus”, explicou o moderador do debate e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. No entanto, “se formos capazes de resolver este problema ficamos no centro dos avanços transatlânticos. Portugal estará no centro de uma nova realidade económica”.

Luís Amado está a referir-se à emergência da América Latina que, na opinião do antigo ministro, “será o continente do século XXI, que arrastará o crescimento mundial na segunda metade do século”. Mas à possível independência energética a que os EUA estão a chegar.

Nuno Mota Pinto considera que o caminho para Portugal está a ser apontado pelo sector privado, procurando espaços fora da União Europeia. Angola com exportações e o Brasil com Investimento Directo em Portugal têm sido importantes, mas é necessário olhar para o Magrebe e o resto da América Latina. “O desafio de Portugal é abraçar a globalização. Os agentes económicos, na busca do lucro, antecipam caminho”, notou.

Na definição do papel de Portugal, Kenneth Maxwell não falou só de futebolistas. “O potencial de Portugal reside mais no soft power do que em formas mais tradicionais da geopolítica”, sublinhou. O termo refere-se à capacidade de convencer e influenciar diplomaticamente, não através da força ou ameaça, mas sim de uma capacidade de cooperar e a atrair o outro culturalmente ou ideologicamente.

Maxwell acrescentou ainda que as relações antigas de Portugal se devem abordar de forma inovadora. Aí, “o mundo da língua portuguesa tem méritos reconhecidos”.

* Nuno Aguiar
Fonte: Jornal de Negócios.





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