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/ Economia brasileira pode ter crescido cinco por cento no primeiro semestre 1.Set.2004
   
   
   
   
   
   
   
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Economia brasileira pode ter crescido cinco por cento no primeiro semestre

Economia brasileira pode ter crescido cinco por cento

no primeiro semestre Lula da Silva tira dividendos do desempenho económico dos primeiros seis meses de 2004


PAULO EDUARDO DE VASCONCELLOS

RIO DE JANEIRO/MELHOR REGISTO DESDE 2000

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou apressadamente, na noite de quinta-feira, uma declaração para ser emitida ontem à noite para todo o Brasil, através da rádio e da televisão. A rapidez tinha justificação: Lula acabara de receber dados oficiosos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam um crescimento de 4,5 por cento a 5,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro semestre do ano e em relação ao mesmo período de 2003. Os dados oficiais deverão ser divulgados até ao final do mês.

Dirigida pelo publicitário Duda Mendonça, a declaração serviria para anunciar à nação que o Brasil vive o melhor momento económico dos últimos anos. O resultado seria apresentado como uma conjugação dos esforços no controlo da inflação e do ajuste fiscal com o cenário favorável nas contas externas. A expectativa era de que o presidente aproveitasse a declaração para fazer um apelo ao Congresso para que aprove projectos de incentivo à economia.

Um crescimento de 4,5 por cento, a confirmar-se, representará o melhor desempenho do PIB desde o primeiro semestre de 2000. Há quatro anos, a economia cresceu 4.7 por cento nos primeiros seis meses. Se o índice chegar a 5,0 por cento terá sido o melhor desempenho da economia em nove anos.

O DADO No ano passado, a economia brasileira registou um recuo de 0,2 por cento

As estimativas optimistas foram divulgadas pelo jornal "Folha de S. Paulo". O presidente Lula e o ministro da Fazenda, António Palocci, estariam a trabalhar com uma projecção maior de crescimento do PIB em 2004. Até então, as estimativas oficiais eram de 3,5 por cento. No ano passado, a economia brasileira registou um recuo de 0,2 por cento.

Vários indicadores económicos vinham apontando para uma reversão. O crescimento industrial chegou a 7,7 por cento no primeiro semestre deste ano em comparação com o período homólogo de 2003. A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas baixou dos 13,1 por cento registados em Abril para 11,7 por cento em Junho. Em 2002, ela estava em 11 por cento. Mais de um milhão de empregos foram criados este ano.

"A sensação é que o país está saindo do sufoco", disse ao PÚBLICO o economista Júlio Sérgio de Almeida, director executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), vinculado à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). "A questão da sustentabilidade do crescimento continua a ser uma incógnita", afirmou o economista Fernando Cardim, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Não se pode confundir recuperação com crescimento", acentuou.






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