As micro, pequenas e médias empresas, responsáveis por 10,5% de tudo que o Brasil exporta, comemoram os resultados obtidos no primeiro semestre deste ano com as vendas ao mercado externo. Mas não são só os volumes a mais que deixam animado esse universo, que soma mais de 15 mil empresas no território nacional. Aos poucos, o mistério de exportar, principalmente para o microempresário, vai ficando para atrás e, com isso, a descoberta de novos mercados é cada vez maior.
No ano passado, o embarque das micro e pequenas empresas cresceu 30,1%. Passou de US$ 1,33 bilhão, em 2002, para US$ 1,74 bilhão um ano depois. Já as vendas externas das médias empresas aumentaram 25,5%, de US$ 4,6 bilhões , para US$ 5,8 bilhões, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Para este ano a expectativa é ainda melhor. Mais ainda se forem levados em conta alguns exemplos, como o da pouco conhecida indústria de móveis de madeiras Butzke, de Timbó, em Santa Catarina. As exportações dessa empresa no primeiro semestre somaram US$ 4,0 milhões, montante 55% superior ao do mesmo período de 2003, quando vendeu US$ 2,6 milhões para o mercado externo.
O grupo gaúcho Kepler Weber fez, em meados deste mês, o primeiro embarque de torres metálicas para o México, num montante de US$ 4,8 milhões. O negócio de 460 torres para distribuição de energia foi fechado com a Techint, que vai utilizá-las num trecho de 180 quilômetros entre Tepic e Mazatlán.
Outra empresa que está comemorando a expansão do mercado externo é a MWM, líder na fabricação de motores diesel para veículos no Mercosul, onde detém 27% do mercado. De janeiro a julho, a empresa equipou 33 mil unidades, ou 18% a mais do que no mesmo intervalo de 2003. De acordo com a empresa, o segmento de picapes (S10 e Blazer da GM, Frontier e Xterra da Nissan e F-250 da Ford) foi um dos responsáveis por esse resultado. Fonte: Diário do Grande ABC - 28/07/04
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