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/ Exportação precisa de infra-estrutura para crescer 27.Fev.2005
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
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Exportação precisa de infra-estrutura para crescer

Não há mais dúvida sobre a relevância do comércio exterior para o projeto de desenvolvimento que o governo desenha para o país. O compromisso está explícito, por exemplo, na página Exportações, no site do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): "aumentar as vendas externas e promover a redução relativa das importações é objetivo fundamental do governo da União". Vários são os indicadores capazes de demonstrar como esse objetivo vem sendo perseguido.

Desde 2002, o BNDES direciona cerca de 30% dos desembolsos para o financiamento das exportações brasileiras. Os exportadores respondem ao estímulo com um desempenho magnífico, abrindo novos mercados no exterior e gerando milhões de empregos diretos a cada ano em nosso país.

Com pauta variada de produtos, o Brasil aumentou as vendas externas em 32% em 2004, o que significou ingresso de US$ 96,5 bilhões nas reservas cambiais do país. É um feito memorável. Ultrapassou até as previsões mais otimistas - o próprio governo esperava exportações em torno dos US$ 80 bilhões em 2004. Ou seja, apesar de divergências ainda existentes quanto às políticas cambial e tributária, o Brasil está aprendendo a aproveitar seu fabuloso potencial competitivo para conquistar mercados e gerar empregos.

Os avanços têm de ser reconhecidos, mas que ninguém ache que o dever de casa está concluído. Longe disso. O país ainda convive com problemas de infra-estrutura muito sérios. Só para ficar nas áreas que afetam mais diretamente a atividade exportadora, citamos a precariedade da malha rodoviária, a insuficiência dos ramais ferroviários, a saturação dos principais portos do país. De que adianta o exportador contar com estímulos financeiros, explorar suas vantagens competitivas e comparativas, promover seus produtos e marcas no exterior, fechar contratos em mercados altamente promissores, se não tem certeza de que conseguirá entregar os produtos no prazo contratado e operar a partir do portão de sua fábrica com custo minimamente competitivo em termos internacionais?

Em meados de 2003, apontou-se em reunião do World Economic Forum, em São Paulo, que a infra-estrutura continuaria sendo o calcanhar-de-aquiles do governo. Previa-se que seriam necessários US$ 167 bilhões em investimentos nos próximos oito a dez anos para fazer com que o setor pudesse sustentar o crescimento. Um ano e meio se passou e os investimentos foram bem mais modestos do que os preconizados. O Ministério dos Transportes prevê investimentos do governo federal de R$ 105 milhões no sistema ferroviário em 2005 - um infinitésimo do que especialistas dizem ser necessário para fazer alguma diferença.

Apenas uma das gigantes internacionais brasileiras, a Vale do Rio Doce, anunciou que planeja investir US$ 2,45 bilhões em melhoramentos logísticos em 2005. Isso mostra o fôlego de grupos empresariais para assumir papéis que já não podem mais ser desempenhados apenas pelo governo. Mas ainda são poucos os que se sentem seguros e capacitados para concretizar tais planos. Recentemente, estudo da Serasa indicou que empresas de serviços do setor de infra-estrutura vêm reduzindo investimentos em ativos fixos desde 2000 - o que mostra que o empresariado ainda não confia suficientemente nas regras existentes, e no cumprimento delas, para investir.

Fonte: Valor Econômico - 10/02/2005
In: Mailclipping Comex - FIEC/CIN





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